O MAIO DE MAIAKOVSKI

Maiakovski

O instigante poeta russo Vladimir Maiakovski nasceu em Moscou, em 19 de junho de 1893, e também nessa cidade morreu, em 14 de abril de 1930. Chamado “poeta da revolução”, por sua ligação com a revolução socialista de 1917, que criou a União Soviética, é reconhecido no mundo da literatura como um dos maiores poetas do século XX e um modernizador da poesia.

O próprio poeta conta, em um texto biográfico intitulado “Eu mesmo”, uma passagem de seus sete anos, quando andava com o pai a cavalo, de noite, em meio a mata, envoltos em neblina e repentinamente saíram de um desfiladeiro dando de frente com uma paisagem “mais brilhante que o céu”. Era a luz da eletricidade de uma grande fábrica. “Depois de ver a eletricidade, deixei completamente de me interessar pela natureza”, afirmou o poeta. Afirmação que deixa clara a característica maior de sua poesia: o compromisso com o futuro, com as conquistas humanas e com o direito de todos a elas.

Contam sobre sua poesia que, em 1917, os soldados e operários revolucionários, em meio à batalha nas ruas de Moscou, repetiam seu verso: “Come ananás, mastiga perdiz / teu dia está prestes, burguês” (tradução do poeta brasileiro Augusto de Campos).

Era um poeta ousado, um recitador compulsivo. As vezes se vestia de forma diferente, com um jaquetão e uma gravata amarelas, para chamar atenção. Defendia sua poesia e visão de mundo de forma contundente. E não era por menos, porque se trata de um escritor perfeccionista.

Quando seu colega poeta Iessiênin suicidou-se, em dezembro de 1925, deixou em bilhete versos que terminavam pessimistas: “Se morrer nessa vida não é novo / tampouco há novidade em estar vivo”. Compelido a responder esse pessimismo, Maiakóvski se pôs a compor um poema onde reescreveu e lapidou mais de 60 vezes a frase final: “É preciso arrancar alegria ao futuro. / Nesta vida morrer não é difícil. / O difícil é a vida e seu ofício”.

Dava à sua poesia uma enorme importância: “Se eu falo ‘A’, este ‘a’ é uma trombeta-alarma para a humanidade”, disse em um de seus poemas. Não por acaso, o poema de Maiakovski que publicamos em nossa sequência pelo 1º de maio fala dos trabalhadores como uma primavera com sol esperto, que derrete o gelo do mundo. Maio é o tempo da luta dos trabalhadores:

“Sou terra – O maio é minha era!” 

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2 respostas para O MAIO DE MAIAKOVSKI

  1. henryfiat disse:

    Muitas vezes o movimento sindical faz questão de mostrar: “O COMO” deveria ser feito”. Porém comete um grande pecado em não cumprir aquilo que prega. Exige do empregador transparência nas relações de trabalho, mas, não é transparente na prestação de contas na relação com o trabalhador. Esse descumprimento motiva a desobediência às regras do jogo e, além disso, aumenta a distância entre o trabalhador e as expectativas tanto profissionais, quanto econômicas. Desde que o Movimento Sindical teve como representante dos empregados um Presidente do Brasil e um Ministro do Trabalho, este com (denúncias de venda de Licenças para novos Sindicatos) e o Presidente envolvido no mínimo com responsabilidades por diversos tipos de condutas inadequadas. Só temos a lamentar o atraso cultural que o nosso país sofreu pela: negligência, irresponsabilidade, desobediência, permissividade, enganação…A política atual é responsável por este caos, mas, os maiores responsáveis são àqueles que se colocam a disposição do trabalhador com uma única finalidade: “Não ser Transparente”. Pois a falta de transparência dá oportunidade a desonestidade.

    • personavenia disse:

      Dei um print da tela. Voces estão selecionando moderando algumas mensagens
      divulgarei que se falar algo que o sindicato não gostem voces não pblicam.
      enho a tela de que foi enviado.
      Mostram a transparência e indole do sindicato.
      Favor publicarem o que envio ou publicarei em utros sites que voces estão agindo de forma inadequada, com o print da tela

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